quarta-feira, 26 de junho de 2013

- Tradicional Festa Junina da Escola Municipal de Ensino Fundamental Ministro Pedro Aleixo...

segunda-feira, 10 de junho de 2013

LIÇÃO DE VIDA I

Ás vezes não sabemos o significado das coisas que fazemos por impulso, e o porquê de fazermos. Um dia ao entrar no Shopping Villa Lobos para comprar urgentemente um carregador de celular, passei em frente a um Pet Shop e pude avistar um pequeno cachorro na porta acompanhado de um funcionário, ele estava lá atraindo os clientes. O pequeno Scottish Terrier de 4 meses estava assustado com tantas pessoas querendo colocar a mão nele, eu inclusive, fiz o mesmo. Perguntei ao funcionário se ele veio tomar banho, ele me disse que não. O cachorro na verdade morava na gaiola do petshop, ele não tinha sido vendido ainda pois estava muito velho. Ele e os irmãos eram uma ninhada de 4 cachorrinhos, e como ele era o mais serelepe, os clientes preferiram os irmãos mais quietinhos. Perguntei se o cachorro estava a venda, o funcionário disse que sim e bem barato. Não pensei duas vezes, peguei o cachorrinho no colo e paguei em duas vezes no cartão. É irônico o comércio de animais, não é? Confesso que ele estava muito barato porque queriam se livrar do cachorrinho. Digamos que... Eu agi por impulso a princípio e quando me deparei com a realidade, estava no estacionamento do shopping, sem o carregador do celular e com um cachorro na mão. Segui em direção a minha casa no interior paulistano, o cachorro foi quietinho a viajem inteira (ao menos parecia) no banco de trás. Quando cheguei pude perceber que ele havia roído as maçanetas da porta no caminho, mas confesso, ele ainda continuava a coisa mais adorável da Terra. Levei-o no veterinário e me surpreendi, ele estava com vermes, muitos vermes. Era um absurdo que mesmo morando em um petshop com um veterinário qualificado, estava sendo vítima de maus tratos. Passaram-se 2 semanas, ele era um amor e super bonzinho, dava para perceber que ele era um cachorro do bem. Mas ele não prestava a atenção em mim, não brincava, não ligava para carinho e nem me atendia quando chamava, era como se fosse um... Hóspede. Um dia eu tive que viajar, e pedi para o meu pai que é aposentado cuidar dele, claro que ele não ficou nenhum pouco contente com a idéia e não topou, mas ele não teve escolha, e também eram só por 15 dias. Quando cheguei na casa do meu pai com o cachorro, eu apresentei o cachorro a ele, um ficou parado de frente para o outro. Meu pai ria sozinho pelo estilo e o jeitinho do cachorro, e o cão, ficou paradinho encarando ele. Papai perguntou qual era sua raça, eu disse que era um Scottish Terrier, ele olhou para o cachorro e disse: Vem cá Scott! Surpreendentemente o cachorro foi e parou ao lado dele. Mais tranquilo, peguei minhas coisas e fui viajar. Para a minha grande surpresa, durante a viagem eu recebi um telefonema da minha tia, ela disse que os dois tinham se dado super bem e que não se desgrudavam mais. Onde um ia, o outro ia atrás, para o quintal, sofá, rua e tudo mais. Quando cheguei, o Scott me atendeu, mas logo voltou para o lado do meu pai. Bom, não precisa nem dizer que eu não levei ele embora para casa, né? E até hoje ele mora com papai. Sabe, as vezes agimos por impulso, ou sem pensar, e não temos noção das conseqüências ou caminhos que essa escolha pode dar. Hoje eu sei, fui apenas uma ferramenta para unir o amor e o companheirismo desses dois, que hoje podem se chamar de melhores amigos.